domingo, 22 de abril de 2012





Central hidroeléctrica de Paradamonte- Britelo 

No dia 14 de Fevereiro de 1907 o Rei de Portugal Dom Carlos I concede a Justino Antunes Guimarães e a Jesus Palácios Ramilo o aproveitamento da água do rio Lima para a criação de força motriz.
Por escritura pública no dia 19 de Maio de 1908 é constituída a Sociedade Anónima Electra del Lima, para utilizar a concessão das águas do rio Lima. Os seus mais destacados fundadores, Don Eugénio Grasset e Don Manuel Taramona, lutaram com grande dificuldade financeira e por isso as obras que se iniciaram no ano em que a sociedade foi fundada, desenvolveram-se com grande lentidão. No ano de 1916 toma a direcção da Electra del Lima o engenheiro de minas Don Juan de Urrutia, atacando a obra com grande energia, transformando rapidamente o ritmo dos acontecimentos A guerra de 1914-1918, na qual Portugal participou, trouxe grandes dificuldades à execução do projecto, em especial no que respeita a fornecimento de maquinaria; mas com tenacidade e perseverança todas as dificuldades foram vencidas. As obras do aproveitamento prosseguiam ao mesmo tempo que se abriam estradas e caminhos e se construíam pontes, como a antiga estrada desde Touvedo a Cidadelhe neste troço foram construídas a ponte sobre o rio Tamente e sobre o rio de Froufe, travessias sobre o denominado ribeiro das Bestas e ainda sobre a ribeiro de Cabaninhas na Freguesia de Britelo. Em 1921 termina a construção do canal de derivação com o comprimento total de 6100 metros, sendo 1800 a céu aberto e 4300 em túnel, de secção rectangular, de 3,20 x 3,10 metros e sempre que o terreno era fraco havia uma abóbada de revestimento com 1 metro de flecha. O caudal máximo era de 20 metros cúbicos por segundo. Nesse mesmo ano chega a Viana do Castelo a primeira maquinaria, realizando-se o seu transporte para Paradamonte num pitoresco conjunto de tracção mista, bovino e automóvel. Entre 1918 e 1922 construíram-se as centrais receptoras de Braga e Freixo e conclui-se a montagem da linha de transporte Paradamonte-Braga-Porto, a uma tensão nominal de 75 Kv, sobre postes de madeira e com condutores de cobre de 8 milímetros de diâmetro e 50 milímetros de secção.




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