Ponte da Barca: Trilho do
Megalitismo de Britelo
Descrição do percurso retirada do
panfleto oficial do mesmo:
Local: Ponte da Barca; Dificuldade:
Moderada; Extensão: 11 Km; Tempo: 3h 00m; Tipo: Circular
“Percurso pedestre de pequena rota
(PR), desenvolve-se na Serra Amarela, cujo ponto mais alto é o Coto do Muro a
1361m de altitude. Tem por tema o Megalitismo (expressão utilizada para
designar construções pré-históricas, de grandes dimensões, com função religiosa
e simbólica) e a arte rupestre (pinturas ou gravuras feitas nas pedras ou em
grutas pelos homens da pré-história) na freguesia de Britelo.
Toda a Serra Amarela foi ocupada
desde tempos remotos, conhecendo-se hoje vestígios dessa ocupação. Da Idade do
Ferro ficaram vestígios do Castro da Ermida; da época romana encontramos os
povoados de bilhares, da Torre Grande e do Cabeço do Leijó e a estátua
conhecida por Pedra dos Namorados. Em Britelo são os monumentos megalíticos que
assumem um maior destaque e cujos diferentes núcleos poderá conhecer
percorrendo este trilho.
O percurso tem início na povoação de
Britelo, num pequeno largo, junto de um fontanário, Atravesse a aldeia seguindo
a sinalética, contorne a igreja e suba a calçada por entre as casas e os
campos. Percorridos cerca de 700m vire à esquerda e entre num caminho
carreteiro em terra batida. Suba sempre pelo caminho que gradualmente se
transforma num estradão florestal que passa, um pouco mais à frente, junto à
Chã da Rapada.
Do lado esquerdo do caminho, a cerca
de dois metros, existe um afloramento granítico onde poderá observar o primeiro
núcleo de arte rupestre. As gravuras, que apresentam símbolos geométricos e
covinhas, marcam a ocupação simbólica e ritual deste território na pré-história
através de uma linguagem esquemática e minimal.
Volte ao caminho e suba ao longo da
encosta. Aqui dominam os matos compostos por urzes (Cytisus sp.). Caminhe até
aos 3185m e avistará na margem direita de uma pequena linha de água um tronco
de maneio para cavalos (local onde se faz o saneamento dos animais). Um pouco
mais abaixo, na outra margem, poderá abastecer-se de água em duas captações ali
existentes. Siga a sinalização e 100m depois estará num afloramento granítico onde
se encontra um segundo núcleo de gravuras rupestres. Estas gravuras apresentam
outro tipo de símbolos, nomeadamente figuras antropomórficas. Aqui, o Homem
surge como medida numa aproximação figurativa ao real.
Siga pela estrada florestal até
chegar a um bosque, associado a alguns socalcos abandonados e a muros de pedra
solta em ruínas, que em tempos foram viveiros florestais. É a altura para uma
pausa de descanso e observação. Repare no bosque onde predominam o carvalho
alvarinho (Quercus robur), o castanheiro (Castanea sativa), o vidoeiro (Betula
alba) e o pinheiro bravo (Pinus pinaster).
Retome o percurso até à Chã da
Escusalha. Aqui encontrará um primeiro grupo de monumentos da Necrópole
Megalítica de Britelo onde poderá observar quatro antas, uma das quais foi
reaproveitada como abrigo de pastores.
No extremo oposto da chã, tome um
caminho de pé posto até à ribeira da Abelheira. Continue, agora pela margem
direita da ribeira, seguindo o trilho de pé posto por cerca de 500m. Passe para
a margem esquerda e continue pelo caminho de pé posto. Junto da ribeira verá,
na outra margem, exemplares de património da Idade Moderna: as ruínas de dois
moinhos, uma silha (construção circular em pedra para protecção das colmeias),
o os primeiros muros e tanques de água dos campos de cultivo.
Continue junto à ribeira, e um pouco
mais em baixo, a cerca de 200m, vire à esquerda e siga por um caminho
carreteiro, por entre muros. Pouco depois chegará ao Vale da Coelheira onde
poderá observar uma outra mancha megalítica, constituída por oito monumentos.
Repare na relação estreita entre o território e a implantação dos monumentos
funerários, que aqui definem também o limite de um local sagrado, de culto,
isto é, uma intrusão primordial da cultura no meio natural aberto à transformação.
Atravesse o Vale da Coelheira e siga
o caminho carreteiro até à linha da água. Passe a linha de água e suba até a
portela em frente, flanqueada por quatro pinheiros. Passado estes, estaremos na
Chã de Cabanos, um outro núcleo megalítico da Necrópole de Britelo. Deste
conjunto de monumentos destacam-se a Lapa da Moura, possivelmente o maior
monumento funerário megalítico da Serra Amarela. No interior desta anta, que
mantém a sua câmara funerária, encontram-se os esteios, vestígios da arte dos
construtores de magalitos sob a forma de gravuras e pinturas.
Continue o percurso até ao estradão
florestal, vire à direita e desça calmamente, apreciando agora a panorâmica
sobre o vale do Rio Lima. O percurso termina novamente na povoação de Britelo,
típico povoado de vale. Poderá ainda visitar os outros lugares desta freguesia:
Paradamonte e Mosteirô.”
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