Habitantes: 614 habitantes (I.N.E.2001) e 683 eleitores em 31-12-2003.
Sectores laborais: Agricultura, construção civil e central hidroeléctrica.
Tradições festivas: Senhora da Penha (8 de Setembro), Santa Luzia (13 de Dezembro), Santo António (Junho), Santíssimo Sacramento, Senhora das Dores, Senhora de Fátima (Agosto), S. Martinho (11 de Novembro) e Santa Isabel (19 de Novembro).
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja Matriz, anta, capela de Senhora da Penha.
Antiga capela, Igreja Paroquial, Capela de Santo António, Capela de Santa Isabel, Dólmen da Lapa da Moura, Penedo das Cruzes, Penedo da Chã da Coelheira, Laje das Cruzes, Castros
Moinhos de água, Geira Romana , Azenha, Tanque da fonte da lata, Tanque da carreira, Tanque do paço, Fonte publicas – 6, Alminhas, Cruzeiro, Casa de Chão de Campo, Espigueiros, Ponte romana,
Valores Gastronómicos: Bacalhau à Costa e lampreia à Costa.
Artesanato: Trabalhos em madeira, rendas e bordados.
Colectividades: Centro Recreativo e Cultural da Penha, UDERCUP - União Desportiva Recreativa e Cultural de Paradamonte, ADOB - Associação Desportiva "Os Britelenses"
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HISTÓRIA
Segundo alguns autores, a igreja de São Martinho de Britelo é de fundação pré-nacional.
Como paróquia, foi instituída entre os séculos XII e XIII.
Nas Inquirições afonsinas de 1220 e 1258, refere-se que a rainha D. Teresa dera São Martinho de Britelo ao mosteiro de Ermelo, não tendo, por isso, aí o rei qualquer reguengo. Em 1258, estava anexada a Entre-Ambos-os-Rios.
Nas Inquirições de D. Dinis, de 1290, vem já mencionada como freguesia de Britelo.
Em 1320, no catálogo das igrejas, organizado no tempo do rei D. Dinis, para pagamento de taxa, São Marinho de Britelo foi taxada em 40 libras.
Britelo aparece enquadrada na Terra de Nóbrega. No registo da cobrança das "colheitas" dos benefícios eclesiásticos do arcebispado de Braga, feita entre 1489 e 1493, D. Jorge da Costa apurou o seu rendimento, em dinheiro com "morturas", em 238 réis e 7 pretos e, de dízimas de searas, 39 réis.
Em 1528, o Livro dos Benefícios e Comendas continua a referi-la como anexa à freguesia de Entre-Ambos-os-Rios. Américo Costa descreve-a como abadia da apresentação dos senhores de Ponte da Barca, sendo seu donatário D. Luís de Meneses. Em 1927, por força do decreto de 9 de Julho, a comarca de Ponte da Barca foi suprimida, passando a freguesia de Britelo a pertencer. para efeitos judiciais, à comarca de Arcos de Valdevez.
Fonte consultada: Inventário Colectivo dos registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais Torre do Tombo
Lenda do D.Sapo
O rapaz ficou em liberdade e dali em diante, todas as noivas
perderam o medo de terem que dormir com D. Sapo, pois este já nenhum mal lhes
poderia causar, pois estava morto.
Conta-se que em tempos já muito remotos, no lugar da Igreja,
na freguesia de Britelo, havia um homem (D. Sapo) muito rico, que era dono de
quase todo o lugar e a maioria dos habitantes prestavam-lhe vassalagem.
D. Sapo tinha por hábito um acto um pouco bizarro, ele
exigia que todas as raparigas donzelas que tivessem casamento marcado deveriam
dormir com ele antes do casamento.
Numa certa altura, um noivo mais arrojado e destemido,
revoltado com tal situação, matou D. Sapo antes que este tivesse dormido com a
sua noiva. Como cometeu o crime, o rapaz foi julgado pelo Rei, mas antes que
prosseguisse o julgamento, e como o Rei não sabia da história, o rapaz
perguntou ao Rei: “Sua Exa., quero perguntar, se, palavra de Rei não volta
atrás?”, ao que o Rei respondeu: “Não meu rapaz”. Então o rapaz perguntou:
“Serei eu condenado por matar um sapo?”, disse o Rei: “Está visto que não”.
Depois disto tudo se passar, o Rei soube de tudo o que se
tinha passado realmente, mas como o Rei tinha dado a sua palavra, e, palavra de
Rei não volta atrás, já nada se poderia fazer.
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